Calçada por calçada, quarteirão por quarteirão, distraía- me com as raras folhagens das árvores secas; a beleza de seus galhos, desapercebidos pelo costume de se admirar o verde, assim eu caminhava. Parava alguns instantes, ria da travessura de um pássaro ou de um cachorro que felicitava a chegada de um amigo e, após seguia.
Em meio a modesta alegria gerada pelo poder felicitar a vida, deparo- me, junto a casarões antigos, com uma imagem que também demonstrava sinais de seu tempo, sem reparos, nem mesmo uma nova camada de tinta branca, porém fascinante.
Seu semblante não havia perdido o amor de mãe esperado pelo seu autor, seu olhar se dirigia com ternura a uma criança em seu colo, parecia esperançosamente sofrer. Mas, a natureza invejosa pela atenção gerada à criação humana, resolveu em sua travessura mostrar que era indispensável. Alguns passos mais, o sol encaminha um raio... Pura... Poesia.. A vida.
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